São poucos os filmes que você pode considerar obra prima: Forrest Gump, A Origem, Trilogia do Poderoso Chefão, Senhor dos Aneis - O Retorno do Rei, etc. Porém este ano ganhou mais um membro, e com toda razão, Interestelar é simplesmente fantástico.
É fantástico não porque tem excelentes efeitos especiais, roteiro, atores consagrados (4 vencedores do Oscar estão no filme: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Matt Damon e Michael Caine), é fantástico porque é um filme de ficção científica tão acessível e de uma forma tão simples, direta e com teor, que poderia ser usado didaticamente em aulas de física, e se eu fosse professor de física sem dúvida estaria na minha lista para os alunos.
O filme se passa num futuro, não se sabe o quão distante, onde um ex-piloto (Matthew McConaughey) da NASA é recrutrado para uma missão cabulosa. Na ocasião, o planeta terra está passando por um colapso de recursos naturais e a humanidade não tem a mínima expectativa de que melhore. Tempestade de poeira é só o que resta pra todos. E é nesse mundo semi-apocalíptico que a trama se passa, com uma centralização sutil na relação entre o pai e filha. E entre idas e vindas do espaço, buracos negros, horizonte de acontecimentos, supercordas, hipercubos, buracos de minhoca, gigantes vermelhas, galáxias, planetas, DNAs e especialmente a teoria da relatividade, é que o espectador simplesmente fica hipnotizado e imerso num filme que, pra mim, foi o que mais chegou perto da realidade da mecânica quântica, que é cercada de muitas teorias, mas que até na prática até a prática se faz teórica.
É um filme obrigatório, dentro das 3 horas de filme, a única coisa que pode incomodar, é a vontade de ir ao banheiro (que me pegou de surpresa, mas esperada por ter tomado 700ml de suco de laranja, ok, falha minha e nem tanto surpresa).
É um filme obrigatório, dentro das 3 horas de filme, a única coisa que pode incomodar, é a vontade de ir ao banheiro (que me pegou de surpresa, mas esperada por ter tomado 700ml de suco de laranja, ok, falha minha e nem tanto surpresa).
Os diálogos e analogias são acessíveis, você não precisa ter lido os livros abaixo para entender o filme, mas são leituras recomendáveis:
- Universo numa casca de nós
- Uma nova história do tempo, uma breve história do tempo
- The Black Hole War: My Battle with Stephen Hawking to Make the World Safe for Quantum Mechanics, este conta basicamente sobre a briga de quase 20 anos entre Hawking e Susskind, conhecida como The Black Hole War, onde Hawking perdeu. Aqui você fica sabendo a respeito do horizonte de acontecimento, que no filme é retratado inúmeras vezes como "horizonte"ou "horizonte de eventos"
É um filme imperdível, cativante, viciante e que entre os amigos nerds, gera tanta conversa que é empolgante o pós-filme. Não via um pós-filme assim desde A Origem e o final de Breaking Bad. Pra mim, o filme é nota 10, apesar de eu não ter embasamento teórico pra não aceitar certos paradoxos quânticos que acabaram ocorrendo no filme. Assistirei novamente sem dúvida.
That's all folks.